Expocom 2010 - Vitória/ES

Olá,

é com grande satisfação que anuncio aos visitantes do blog que meu livro-fotográfico sobre Paranapiacaba foi indicado pela Universidade Metodista de São Paulo para participar da XVII Expocom - Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação.

Trata-se de "uma exposição e um prêmio destinado aos melhores trabalhos experimentais exclusivamente produzidos por alunos de graduação no âmbito dos cursos de Comunicação Social e suas habilitações".

O livro "Paranapiacaba - Visões da Vila Ferroviária" está indicado na categoria "Produção Editorial e Produção Transdisciplinar em Comunicação", que engloba diferentes áreas da Comunicação Social, e não somente o jornalismo.

Após a primeira seleção, feita pela Universidade, o trabalho é enviado virtualmente para uma banca examinadora que vai selecionar quais trabalhos farão parte da etapa nacional. Os selecionados serão convidados a participar do XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, que será realizado entre os dias 13 e 15 de maio em Vitória/ES.

O fato de meu trabalho ter sido o escolhido entre os muitos que se enquadram na categoria Produção Editorial e Produção Transdisciplinar em Comunicação me deixa extremamente feliz.

Espero poder estar presente em Vitória, com minha fotos.

Saiba mais: www.intercom.org.br

Sinais do abandono

Este blog é apenas uma vitrine para o meu TCC sobre Paranapiacaba. Não há nenhum vínculo com instituições ou partidos. Mas tenho que publicar aqui dois links sobre a atual situação de abandono e retrocesso pela qual a vila vem passando.

Os links são de matérias publicadas no jornal ABCDMaior. A primeira é sobre a diminuição drástica do número de turistas que a vila recebe aos finais de semana e a precariedade de serviços turisticos. Esta aqui: http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=19054.

A segunda matéria é sobre a decisão da retirar o pedido para que a Vila concorra a ser um novo Patrimônio da Humanidade, título conferido pela UNESCO. Link: http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=19082.

As duas matérias são assinadas pela colega de Metodista Carol Scorse.

Sempre há vida

Entre madeiras e ferros enferrujados, a vida sempre floresce, seja em qual forma for.

Vendo o trem do tempo passar

Ao vento

A chegada da noiva

A noiva chega à vila. Uma antiga lenda diz que uma noiva abandonada no altar teria descido a serra em busca de seu pretendente. Triste pelo abandono do noivo, a jovem teria se jogado de um precipício. Quando a forte neblina chega na vila, alguns moradores dizem que 'a noiva está chegando'. O véu de seu vestido cobre Paranapiacaba diariamente.

Suburbio de todo dia

"Suburbio" era como os trens metropolitanos eram chamados, principalmente durante os anos 80. A placa resiste no local que dava entrada à antiga estação de trens de Paranapiacaba.

Brincadeiras

Andar em Paranapiacaba é estar a todo momento entre o passado e o presente. Séc. XIX e XXI dividem os mesmos espaços. Entre as coisas que nos remetem ao passado - nem tão distante - estão algumas brincadeiras que atualmente as crianças de playground e playstation não conhecem. As mais simples.

Adoçando a vila

Dona Alzira, uma das pioneiras nos empreendimentos da vila, adoça o dia de moradores e turistas com seus bolos e doces. E são muito bons!

Soneca canina

Aos finais de semana a vila é cheia de turistas, mas entre segunda e sexta-feira a calmaria e a preguiça dão o tom. Até o cão-de-guarda pode se dar ao luxo de uma soneca.

Parceiros de labuta

As ferramentas abandonadas nas bancadas mostram um pouco das mudanças sofridas pela vila. Foram-se os trens e com eles os trabalhadores que utilizavam tais ferramentas.

Emoldurados

Onde um dia houve portas, hoje há só o vão que emoldura os passantes. Já acostumados às ruínas, nem dedicam um olhar aos tijolos que tentam se manter em seus lugares.

Incerteza do caminho

De luto na luta

Ao mesmo tempo que esta é uma fotografia extremamente simples, ela pode ser representativa e carregar uma força imensa. Esta é a janela de uma casa na Rua Campos Salles que está abandonada. Com a janela arrebentada e vidros quebrados, o que permanece é um antigo adesivo com os dizeres "Celso Daniel - De luto na luta - Justiça é o que queremos".

Adesivos como este foram distribuídos em Santo André na época do assassinato do prefeito Celso Daniel. Crime que até hoje - passados quase oito anos - continua mal explicado.

Celso Daniel foi o político andreense que mais lutou por Paranapiacaba, sendo o responsável pela compra da vila e pela implantação de projetos turísticos no local. Tanto o crime quanto a vila parecem sofrer do mesmo problema: o esquecimento pelo poder público.

O livro

A imagem abaixo é a capa do meu livro-fotográfico que finalmente está pronto! O livro traz 91 fotografias selecionadas de cerca de 1.180 tiradas em 16 visitas à vila de Paranapiacaba. Que essa seja a chave para minha carreira profissional como repórter-fotográfico!

Assim como Deus

Dona Anésia dá forma à argila que, depois de cozida no forno, ganha cores e vida. Assim como deus fez.

Levando a fé

Com arco-íris nos dedos

Zé Carlos, ex-funcionário de ferrovia, trocou a sujeira da graxa das máquinas pelas cores da tinta com que pinta azuleijos.

Chagas do passado

Pau-da-Missa

Árvore centenária que era usada como meio de comunicação entre os moradores da vila. Avisos importantes eram fixados no tronco da árvore para que todos pudessem ver. Hoje sobrou alguns pregos enferrugados como chagas abertas na madeira.

Bem-vindo à minha viagem!

Olá!
Criei este blog para publicar algumas das fotos feitas durante o processo de produção do meu Trabalho de Conclusão do Curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo. O trabalho tem orientação do fotógrafo Adi Leite. O resultado desse trabalho será um livro-fotográfico onde tento mostrar Paranapiacaba através das marcas, ações e pessoas que vivem na Vila em três aspectos: passado, presente e futuro.

O passado é a história da Vila. Suas casas de madeira úmidas, vermelhas, seu ferro também vermelho de ferrugem e seus habitantes, com suas memórias, histórias, lembranças e saudades.

O presente é o resultado do passado. As transformações sofridas e geradas pelas necessidades da vida - como as novas profissões exercidas pelos ex-ferroviários -, o dia-a-dia das pessoas que vivem com a cabeça no século XXI e os pés no século XIX.

O futuro é sempre incerto. E assim também é na Vila que nasceu graças à via férrea e que hoje não recebe mais os passageiros dos trens. O futuro são as crianças da vila e também aqueles que acabaram de chegar encantados pelas belezas e pela história de Paranapiacaba.

Tome seu lugar no vagão e curta a viagem!